Não, meu poema não é mais canto nem verbo:
Apenas se esconde, silente, num beco escuro da noite fria
E se encolhe e assim permanece, quieto
E pranteia de um modo abundante, incessante,
Mas sem o menor dos soluços, sem poder ser ouvido.
Chora escondido e volta os olhos ao céus sem estrelas,
E nada busca senão a escuridão mais soturna...
A escuridão mais calada,
Como se nada se visse,
Como se nada se ouvisse,
Como se fosse o nada.
Meu poema é estátua enegrecida no deserto e esquecido jardim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário