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domingo, 9 de outubro de 2022

NEGROR

 Há uma assombração detrás de cada porta,

Se ocultando nos desvãos e espreitando em cada umbral.

Não são vistas pelos olhos, mas pelo coração ferido.

Não há como correr casa afora,

Se existe um pântano gigantesco e sem vida,

E gemidos que vêm de ignotos lugares,

No negrume da noite profunda demais.



Há uma assombração detrás de cada porta,

O medo aperta o peito dilacerado,

A respiração vem veloz e descompassada,

E a morte parece se anunciar.





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