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sábado, 14 de junho de 2014

ELEIÇÕES, SIM, FESTA CÍVICA, NEM DE LONGE!

Tenho pena de nós, brasileiros. Temos Dilma encabeçando as pesquisas, prova irrefutável de que brasileiro gosta mesmo é de continuísmo, clientelismo, assistencialismo demagógico (política de pão), Copa do Mundo e Olimpíadas no território nacional (política de circo) – Roma implementou isto na era pré-cristã com muito sucesso. Não tenho de parabenizar nossos “queridos” gestores e políticos petistas por uma esperteza milenar. Não entendo como a atual presidente, apesar de todos os escândalos e casos de corrupção acontecidos em seu partido e ao redor do seu governo, ainda tem a eleição quase garantida.  Imagine mais quatro anos (ao menos) de governo Lula com uma mandatária títere sob sua égide.  
Talvez isto se dê porque Aécio Neves e o PSDB que este traz a reboque com os seus aliados do DEM não merecem a confiança da sociedade, porque foram peças-chave no processo de privatizações que praticamente privou o Brasil do patrimônio nacional – haja vista o caso da Vale do Rio Doce, que foi uma perda que representou a grande derrota que o país, tão preocupado com copas do mundo, realmente sofreu.
Por seu turno, Eduardo Campos é uma grande incógnita, porque, antes aliado de Lula e do PT, agora lança candidatura própria. A presença de Marina Silva na composição da chapa não chega exatamente a entusiasmar. Estou longe de ver nela um messias, um salvador, coisa do gênero. Ainda que fosse, o governo seria de Campos, e nunca vi nenhum vice gerindo coisíssima alguma senão na morte ou impedimento do presidente.  
No caso de Campos, temos ainda o agravante de este apresentar uma afinação tão perfeita no relacionamento pessoal com Aécio, que chego a ter a impressão de que Marina está sobrando na história.  A isto soma-se o fato de que o candidato mineiro já declarou textualmente que não consegue ver o outro como adversário, declaração só rebatida pela candidata a vice e depois endossada (talvez a contragosto) pelo político pernambucano.  Estarão juntos se houver segundo turno e, se Aécio vencer, que linha programática prevalecerá?  A do PSB ou do PSDB? É possível mesclar os programas? Francamente, não acredito.  Principalmente se considerarmos que o DEM irá participar da suposta aliança.
Em conclusão, o eleitorado tem para caminhar duas péssimas vias e uma terceira que representa o absolutamente incognoscível. Não há que se falar em festa cívica no ano de 2014, e, se analisarmos detidamente a questão, há pelo menos vinte e cinco anos eleições, no Brasil, não vêm merecendo esta denominação.

Um comentário:

  1. Acho que nunca no processo eleitoral brasileiro existiu
    tanta informação a respeito dos candidatos aos cargos de
    vereadores, deputados, senadores, governadores,
    prefeitos e de presidente da República. Não somente
    através da mídia falada, escrita e televisionada, mas,
    principalmente, pelo novo fenômeno da comunicação
    global: a Internet. Através dela os usuários recebem
    informações atualizadas dos mais variados assuntos,
    permitindo que em tempo real fiquem em dia com os
    desdobramentos das notícias, permitindo que formem
    seus conceitos em bases sólidas sobre os candidatos mais bem qualificados para os cargos a que estejam se candidatando.
    É verdade que existem, na época das eleições, muitos boatos entre os contendores circulando na rede, cada um atribuindo aos adversários coisas ruins que nem sempre espelham a realidade dos fatos, desorientando os eleitores no meio de tanta desinformação e exigindo dos mesmos um verdadeiro jogo de cintura para que descubram a verdade no meio das inúmeras denúncias, às vezes irresponsáveis e desprovidas de fundamentos que as corroborem.
    O que podem fazer no meio dessa verdadeira avalancha de informações que enche suas caixas postais e os noticiários da WEB, sem que na maioria das vezes disponham dos meios para detectar a veracidade do que é repassado quase diariamente? Em quem acreditar para formar o correto discernimento e direcioná-lo aos concorrentes que, efetivamente, tragam propostas acerca da solução dos inúmeros problemas que afligem a sociedade brasileira? Como fazer para separar o joio do trigo no meio de tantas informações desencontradas, permitindo uma melhor avaliação daquelas que devam ser consideradas como procedentes?
    Acho que as respostas a essas perguntas poderão ser encontradas na consciência de cada eleitor, permitindo que as analise de forma isenta e desprovida da cegueira do partidarismo exacerbado, levando os eleitores à escolhas motivadas pela paixão por outro partido, ou candidato, sem antes examinarem com cuidado os dois lados
    
    da informação, de maneira a permitir o indispensável cotejo que redunde no bom senso que leve ao voto consciente.
    A isenção do partidarismo acirrado permitirá a melhor avaliação das propostas apresentadas, independentemente de quem as formulem. Afinal, ninguém poderá autodenominar-se detentor das soluções miraculosas para os inúmeros problemas deste país, seja ele de que partido for.
    O denominador comum sairá da capacidade dos eleitores que souberem distinguir onde termina a realidade e começa a demagogia barata que, infelizmente, vem marcando presença em nossa política desde que a republica federativa foi implantada no Brasil.

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