Adeus, esperança...
Segue pra paragens bem distantes
porque em mim há muito tempo, esperança, não estás.
Vê se para de iludir os meus irmãos inconscientes.
Vai, e eu fico aqui sem norte,
tão perdido, massacrado, forasteiro, nesta terra onde nasci.
Parte agora, esperança, porque aqui não tens lugar.
Esta terra é salafrária e não conhece compaixão.
Esta terra é tão iníqua e maltrata os próprios filhos
como fossem enteados oriundos da traição.
Ai, a terra é tão madrasta a nos olhar com olhos maus.
Ah, se fico nesta terra é que é tarde pra partir
e abraçar-te feliz em outros chãos.