Só a Globo e certos artistas seriam capazes de defender a exposição do Santander, em que eram expostos quadros com cenas de pedofilia e zoofilia. Lamento profundamente que coisas tão aberrantes, cruéis e bestiais tenham sido defendidas por gente que forma opinião. Pode-se através da arte fazer proselitismo da torpeza, da crueldade, da impiedade, do inaceitável? É válido que ela, a arte, preconize o neonazismo, a violência, a tortura, a perversidade? Felizmente a desastrada instituição bancária que patrocinou e promoveu o evento teve o bom-senso (tardio, é claro) de cancelar a exposição. Quanto aos artistas que se manifestaram a favor da apresentação, só me resta expressar meu mais profundo repúdio e indignação. Agora, por fim, quanto à Globo, não há mais palavras para defini-la e qualificá-la, não só por este episódio, mas por ser absolutamente indigna de credibilidade, dado tudo o que fez e faz ao longo de sua história.
Poemas, vídeos, fotos, comentários, humor, crônicas, contos, músicas, uma variedade de produções. Compilação dos escritos e outros trabalhos produzidos ao longo do tempo. Contatos pelo e-mail baraodamatatotal@gmail.com
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sábado, 14 de outubro de 2017
domingo, 8 de outubro de 2017
DAS LICENÇAS POÉTICAS
Às vezes (ou muitas vezes) publico com licenças poéticas acidentais: reviso, reviso o texto e não vejo que repeti a expressão às vezes mais de uma vez. Mas em geral não retifico: fica como licença e pronto! Que me perdoem os amigos leitores e escritores, mas abuso desta liberdade (licença poética) que temos.
BUSCA AO IRREAL
Vida, traga a mim as esperanças
Ou bem menos, por favor: uma utopia.
Ou seria a utopia maior do que a esperança?
Mas é claro, vida, que é maior uma utopia(!),
Se ela é livre das amarras da verdade,
Que desola, martiriza e aniquila as criaturas.
Quem me dera, dera mesmo a fantasia,
Que tem asas e que voa sem limites,
Por estrelas, por delícias, ribeirões e paraísos,
Não conhece bom-senso, juízo nem razão.
Mas, meus dias, por demais contentaria
Crer que um dia os perversos, os que usurpam e os que oprimem
Muito caro pagassem os pecados cometidos
E que a injustiça humana, que é infalível,
Sucumbisse sob os pés da justiça verdadeira,
Que viria de um Deus justo ou bons espíritos.
Ah, se o Universo nos desse uma outra vida
E reparasse a todo ser o mal sofrido
Neste mundo de maldades e tragédias...
Vida, traga a mim uma utopia, fantasia, uma loucura,
Porque, mundo, a realidade nos indigna, nos dói demais.
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