O nazifascismo é inerente não aos humanos, mas às elites do mundo inteiro, porque ainda estão no inconsciente e no consciente dos poderosos os ideais imperialistas e a sede de conquista e dominação da Macedônia, de Roma, dos invasores bárbaros e, já na Idade Contemporânea, da França com Napoleão. A lei do mais forte vem sempre lotada de uma crueldade demoníaca, e um perverso sem as amarras da religião ou de uma autoridade que a coíba (a crueldade) é uma criatura que nem o mais sagaz capeta é capaz de imaginar.
Hoje, porém, isso poderia ter sido combatido a partir do campo das ideias, já que os extremistas de direita teriam facilmente seu pensamento derrotado pelos argumentos sólidos dos democratas; mas é lógico que não houve interesse da parte dos poderosos, que calaram a parcela progressista das sociedades através de mentiras, falsas manifestações religiosas de proporções histéricas, gritos, golpes de Estado, incitação à violência e ao ódio, e tocaram adiante seu projeto de poder absoluto alimentado sobretudo pelo aprofundamento das desigualdades, que aliás sempre foi o objetivo primordial de todo ditador e todo regime autoritário. Tornar os ricos absoluta e invulneravelmente poderosos é o pano de fundo de todos os movimentos de extrema-direita, que funcionam como bastiões de uma classe dominante que não abre mão de usurpar e escravizar as sociedades de todo o planeta.
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