Venha amar assim como se fôssemos seguir
Uma estrada escura e luminosa de delírios
Em que os gostos e os odores da lascívia
Nos viessem plenamente embriagar,
E essa estrada não findasse, não, jamais.
Arquejar e suspirar, gemer e sussurrar
As coisas mais reais e mais insanas da volúpia
Que somente o corpo em seus poemas tão ardentes
É que sabe propriamente proferir.
Ah, nós nos banharmos em riachos e cascatas
De um lugar todo erigido em devaneios!
Ah, ouvirmos cantar os deuses da luxúria
Num momento que não possa, não, findar jamais.
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