Não exaltarei salafrários engomados e com títulos pomposos
Que detêm nas mãos sujas poder e autoridade imerecida.
Não farei reverências a senhores e doutores,
Sobretudo pela parca moral das pessoas
Para o exercício do mando, poder, senhoria.
Não farei louvações a calhordas de terno
Que decidem destino de gentes e povos sofridos,
Que fazem das vestes capa de suas sarnas malditas,
De sua podridão intrínseca, vindas da mente abjeta.
Não homenageio fraques, fardas, coroas e togas,
Porque conheço profundamente a pequenez dos homens.
Não farei vivas a abastados ridículos
No alto de suas fortunas como de pedestais.
Não farei canto a gente emproada, arrogante
Que se vê qual deidade de carne e de osso.
Não farei verso a enfeitados de ouro e de brilho,
A criaturas cheias de "cumpra-se" e "faça-se".
Não saudarei quepes, brasões e divisas.
Também não cultuarei mitos e grandiosos de plástico.
Ao contrário: desmantelo os mitos, dissolvo os heróis
Com o meu senso de realidade iniludível.
Os mitos arrotam, engasgam, são bem como nós;
Heróis, se algum há, quero ver e tocar.
Eu vejo a cara dos homens tal como é a cara dos homens.
Não me iludo ou fascino, imune a todos embustes.
Ninguém a meus olhos fará belo o que é feio,
Fará grande o que é mero, é reles, é vil.
Poemas, vídeos, fotos, comentários, humor, crônicas, contos, músicas, uma variedade de produções. Compilação dos escritos e outros trabalhos produzidos ao longo do tempo. Contatos pelo e-mail baraodamatatotal@gmail.com
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domingo, 28 de fevereiro de 2016
domingo, 7 de fevereiro de 2016
O METAFÍSICO E A POESIA
Quando um homem se comove por um poema que lê ou música que escuta...
quando ainda o toca um filme, um conto, romance, peça, uma novela
ou ainda uma lembrança emocionante que lhe assalte a memória...
quando a comoção lhe bole fundo, e ele se desnuda dos seus ódios e torpezas,
das maldades, das vilezas e pequenezes tão peculiares...
quando a emoção o faz humilde, inofensivo, terno, um ser purificado...
quando o arrebata um sentimento que o desvanece docemente...
é a poesia que opera o milagre que atribui-se aos santos e aos deuses improváveis
e lhe traz do fundo d'alma o anjo puro e emocionado que ele tem dentro de si.
E é a poesia o ponto onde se encontra esse anjo belo
co'as correntes mentais benignas do cosmo;
ou faz então que se juntem mentes encantadas igualmente.
Assim, enfim, caso haja o metafísico, a união benévola das ondas que há nas mentes
fará que vejamos que não há linha qualquer que o separe do que é físico,
e a poesia assim será um dos tantos reveladores elementos
que fará que enfim nós enxerguemos
que a Lua e os homens, a Terra e os bichos, que o Universo
somos um só.
quando ainda o toca um filme, um conto, romance, peça, uma novela
ou ainda uma lembrança emocionante que lhe assalte a memória...
quando a comoção lhe bole fundo, e ele se desnuda dos seus ódios e torpezas,
das maldades, das vilezas e pequenezes tão peculiares...
quando a emoção o faz humilde, inofensivo, terno, um ser purificado...
quando o arrebata um sentimento que o desvanece docemente...
é a poesia que opera o milagre que atribui-se aos santos e aos deuses improváveis
e lhe traz do fundo d'alma o anjo puro e emocionado que ele tem dentro de si.
E é a poesia o ponto onde se encontra esse anjo belo
co'as correntes mentais benignas do cosmo;
ou faz então que se juntem mentes encantadas igualmente.
Assim, enfim, caso haja o metafísico, a união benévola das ondas que há nas mentes
fará que vejamos que não há linha qualquer que o separe do que é físico,
e a poesia assim será um dos tantos reveladores elementos
que fará que enfim nós enxerguemos
que a Lua e os homens, a Terra e os bichos, que o Universo
somos um só.
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