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segunda-feira, 11 de abril de 2022

O DIA DO TÉDIO

Deixe quietas as clarinetas, [violinos e oboés!

Nem olhe breve o pandeiro, a cuíca e o tamborim!

Largue a guitarra, o teclado e a [bateria!

Hoje não tem samba, não tem [rock nem orquestra,

Mas somente o tédio tomando [conta da cidade

E pintando as ruas do cinzento [da insipidez dos transeuntes.

SEGUIR

Que venham os clamores da [minha alma irrequieta

E se diluam nas notas mortas do [coração entristecido

E o quase inaudível canto da [esperança tão raquítica;

Que o sol de mim se mostre [pálido e quase ausente

E as cores minhas sejam [simplesmente desbotadas,

Que fale em brados minha [descrença petrificada...

Mas irei seguir o meu caminho [acinzentado

Sem a melancolia que outrora [enchia a alma de lassidão.



sábado, 2 de abril de 2022

SOFIA

 Sempre irei amar Sofia,

que pensei que estava em Sara,

que jurei que achara em Mara,

que ausentou-se de Nancy.


Tinha o rosto de veludo

um semblante quase triste,

tinhas as mãos macias, pálidas,

o olhar cheio de querer.


Passeava nos regatos

e se dava sobre a relva,

levitava como fada,

no lirismo de nós dois.


Quando a tinha nos meus braços,

era Tânia que se dava,

era Selma que gozava,

era Nara que gemia.


Mas Sofia, se existisse,

me diria docemente:

"Vem, meu velho, deita e dorme,

vê se para de sonhar.