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sábado, 2 de abril de 2022

SOFIA

 Sempre irei amar Sofia,

que pensei que estava em Sara,

que jurei que achara em Mara,

que ausentou-se de Nancy.


Tinha o rosto de veludo

um semblante quase triste,

tinhas as mãos macias, pálidas,

o olhar cheio de querer.


Passeava nos regatos

e se dava sobre a relva,

levitava como fada,

no lirismo de nós dois.


Quando a tinha nos meus braços,

era Tânia que se dava,

era Selma que gozava,

era Nara que gemia.


Mas Sofia, se existisse,

me diria docemente:

"Vem, meu velho, deita e dorme,

vê se para de sonhar.


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