Aninhou-se em meu peito como eu fosse abrigo
Dos maremotos e furiosos vendavais;
Como se a protegesse do tempo e da tristeza,
Da infâmia, da morte, da dor e todo mal.
Aconchegada, era como uma menina,
Mas se deu na incandescência de mulher.
Disse coisas de fazer devanear.
Sua voz enchia o ar de poesia.
Ao sair, estava ainda mais bonita,
Um poema ambulante pelas ruas.
Plantou vida, alegria em minha casa,
Do meu peito fez morada da esperança.
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