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segunda-feira, 14 de setembro de 2015

O ANTI-HERÓI III

Não sou bom-moço nem sou parnasiano,
Não sou de rezas, rituais e cerimônias,
Não  canto hinos nem exalto flâmulas, bandeiras.
Fico distante de senhores, poderosos e excelências,
Mais longe ainda de homenagens, rapapés e de discursos.
Digo palavras de corar os puritanos, 
Louvo o pecado como os monges louvam os anjos.
Não danço a música dos modos comportados.
Recito uns versos embebidos na luxúria,
Digo meu não quando todos dizem sim,
Solto impropérios quando querem louvações.
Em nada creio onde impera uma fé cega,
Jogo ironias onde querem comoção.
Minha'alma é livre, planando em minhas asas,
Nada me prende senão a moça que me encanta,
Senão os desejos e emoções que me arrebatam,
Senão os amores que me fazem doce plenamente 
E que me elevam em tão imensurável bem-querer.

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