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segunda-feira, 21 de abril de 2014

CLAUSURA


Hoje vou-me dar à mudez da noite mais quieta,
À solidão dos recantos mais desertos, distantes,
À melancolia das mais frias madrugadas.

Hoje me esconderei profundamente em meu umbigo,
Me alhearei completamente ao mundo à volta,
Como se nada jamais houvera além de mim e do desejo
De estar quieto, ouvindo as notas inauditas
Da inexistente canção trazida
Do fundo da noite tão calada.

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