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segunda-feira, 12 de abril de 2021

ANTÍTESES (CAPITULAÇÃO)

 Ah, desculpa o mau jeito, querida:

Se te disse palavras tão duras,

É que foi tão demais a bebida,

É que foi tão de menos o afeto

Que me deste e me fez tão vulgar.



Os meus beijos te foram tão quentes,

Os teus olhos me foram tão frios;

Os momentos pra mim foram lira,

Mas pra ti foram ferro e cimento.

Ah, me conta por que fui à Lua

E por que não saías do chão.


Eu me dei a falar poesias,

E dizias dinheiro era tudo.

Ah, perdoa se fui tão amante:

Te perdoo se foste broxante.

Ah, mulher, me perdoa, que eu mudo

E me amoldo ao teu jeito distante.

Eu te levo a beber em Iguaba,

Peço caldos e até camarão,

E te faço sentir uma dama

Das que moram diante do mar.


É que tua boca me endoida,

Tuas coxas, meu Deus, ai, me matam!

O teu rosto bonito me encanta,

Teu corpo me faz delirar.

Ah, morena, nasci pra te amar!



[Esse poema é uma letra de samba que fiz para Marcelo Bizar, parceiros de tantas músicas, colocar uma melodia de samba.  Assim que ele musicar, divulgarei a canção]


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