Eu preciso de um luar pra versejar
e uma noite de silêncio murmurante,
para tornar a alma quente, vulnerável
e deixar cada emoção me inquietar.
Eu preciso de uma guerra pra odiar
e brandir os meus punhos, minha espada,
num afã de aniquilar os inimigos
e o triunfo logo após comemorar.
Eu preciso de um amor para amar
e ficar em minha mente noite e dia,
torná-la musa dos meus versos mais ferventes,
tornar minh'alma uma lira permanente.
Eu preciso de um riacho pra pisar
e molhar os pés, banhar o corpo quente,
me arrepiando nas águas cristalinas,
lavando a alma da maldade e do pecado.
Eu preciso de uma causa pra abraçar
e bradar “fora”, “salve”, “abaixo”, “viva”,
e, inquieto, propalar o tempo inteiro
a justiça do meu pleito e minha luta.
Só não posso caminhar sem ódio, causa,
sem paixão, sem poesia, sentimentos,
só não posso viver vida morna, preguiçosa,
como se eu fosse deserto de emoções.
2010
para tornar a alma quente, vulnerável
e deixar cada emoção me inquietar.
Eu preciso de uma guerra pra odiar
e brandir os meus punhos, minha espada,
num afã de aniquilar os inimigos
e o triunfo logo após comemorar.
Eu preciso de um amor para amar
e ficar em minha mente noite e dia,
torná-la musa dos meus versos mais ferventes,
tornar minh'alma uma lira permanente.
Eu preciso de um riacho pra pisar
e molhar os pés, banhar o corpo quente,
me arrepiando nas águas cristalinas,
lavando a alma da maldade e do pecado.
Eu preciso de uma causa pra abraçar
e bradar “fora”, “salve”, “abaixo”, “viva”,
e, inquieto, propalar o tempo inteiro
a justiça do meu pleito e minha luta.
Só não posso caminhar sem ódio, causa,
sem paixão, sem poesia, sentimentos,
só não posso viver vida morna, preguiçosa,
como se eu fosse deserto de emoções.
2010
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