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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

DOS POEMAS QUE FAÇO

Eu faço poemas com a intensidade de quem recita no teatro,

Tentando descrever com clareza singela cada pura emoção.
Porque cada emoção é pura e singela:
Pura e singela qual menino a correr pela várzea,
Como gato ou cachorro a banhar-se do sol.
Por isto quero o meu verso puro e claro,
Assim como peixe nadando em água cristalina...
Mas quero meu verso comovente e tocante,
Comovente como adeus irrevogável entre amantes,
Tocante como acordes de violão em noite de abandono,
Como prece doída de tanta, tão funda emoção.

2010

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