Lembro Suzana,
Que tocava piano nas tardes
E tinha um olhar inocente
E tão cheio de ânsia e querer.
Tinha o sol morno,
Que transpunha as janelas de vidro,
Rebrilhava no piso da sala,
E Suzana, embevecida, tocava.
Tinha o namoro,
E Suzana abraçava seu moço
E falava de tantos anseios,
Misturando projeto e quimera.
Tinha a noitinha,
E Suzana se enchia de estrelas,
Invocava lirismos noturnos
E dormia na paz dos arcanjos.
Voaram os anos,
E Suzana ficou no passado,
É figura desbotada na mente,
Poesia perdida no tempo.
2011
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