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segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

NÃO SEREI TRISTEZA

Não serei sombrio como a tristeza
De um semblante desolado de saudade.
Não serei lamento onde viceje a primavera
Nem a palidez de um dia deserto.

Não desejarei a morte como à mulher
De rosto mais belo e entranhas mais quentes.
Não me verei vil como um seixo nas ruas
Nem terei n'alma a inércia dos mortos.

Seguirei a vida com gosto e com zelo
E despertarei nas manhãs clareadas.
Sentirei vida nas tardes, crepúsculos,
E à noite dormirei na comum esperança
De um dia vindouro feliz.

2013

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