Na varanda do bar, um seresteiro apaixonado,
O elemento derradeiro talvez daquela espécie,
Cantava ardentemente uma cantiga tão sentida,
Como ao mundo expusesse uma ferida de paixão.
Pela rua um indigente entristecido, embriagado
Se arrastava na calçada, esfarrapado e solitário.
Desfilavam as mulheres, bundas belas e protusas
Sob malhas apertadas e vestidos pequeninos.
Ah, os desejos! Os desejos se somavam,
Se assanhavam , palpitavam em gostosas tentações.
Era o bairro tão quente e tão vário de pessoas,
De projetos, sentimentos, melodias e paixões.
Era sexta já de noite, era inferno e paraíso,
Era festa, tristeza, era fim e recomeço,
Esperança e desengano com crueza e poesia.
Era a síntese de tudo que se vê no mundo Terra.
2012
Cantava ardentemente uma cantiga tão sentida,
Como ao mundo expusesse uma ferida de paixão.
Pela rua um indigente entristecido, embriagado
Se arrastava na calçada, esfarrapado e solitário.
Desfilavam as mulheres, bundas belas e protusas
Sob malhas apertadas e vestidos pequeninos.
Ah, os desejos! Os desejos se somavam,
Se assanhavam , palpitavam em gostosas tentações.
Era o bairro tão quente e tão vário de pessoas,
De projetos, sentimentos, melodias e paixões.
Era sexta já de noite, era inferno e paraíso,
Era festa, tristeza, era fim e recomeço,
Esperança e desengano com crueza e poesia.
Era a síntese de tudo que se vê no mundo Terra.
2012
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