Minha harmonia co'a Natureza
É uma irmandade que reconheço
Em face às plantas, em face aos bichos
E cada árvore e cada regato que, cristalino,
Por entre ramos, por entre pedras, vejo fluir.
Olhar embevecido o verde das colinas
E das serras exibindo uma beleza exuberante.
Notar entristecido os micos e gambás
Buscando o que comer em urbanas regiões.
Urbanizadas matas, invadidas pelas bestas
Humanas asquerosas que as usurpam por ganância.
Ah! Bichinhos despejados de seus lares e de abrigos,
Territórios estuprados por covardes racionais.
Eu me fascino ante as matas e folhagens majestosas
E assim cultuo as águas, cada arbusto e cada pássaro,
Numa emoção tão transcendente e tão singela de menino,
Na consciência plena que dos seres, todos seres sou irmão.
Armas e venenos no encalço de inocentes,
O fogo ao seu redor, lancinantes sofrimentos,
Morte, morte, profusão de mortes dos infernos
E a satânica alegria dos vis negociantes.
Quem disse que o Diabo não existe?
Ele existe em quantidades incontáveis
De malditos que entre feitos demoníacos
Vão matando os animais e agredindo a Natureza.
Como eu gostaria de os poder chamar de homens
Na bendita acepção dos que têm bom coração.
2013
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