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sexta-feira, 5 de junho de 2020

DE QUE VALE...?


De que vale a emoção destes meus olhos,
Tanto enlevo estampado no meu rosto,
As palavras fagueiras e tão ternas,
O querê-la flagrante nos meus atos...?

De que vale a quentura dos meus gestos
E a tamanha alegria só por vê-la...?
De que vale o me-dar no meu  semblante
E o desejo tão claro assim  de tê-la...?

Se encontro os seus olhos tão gelados,
Se não noto um sentir na sua fala,
Se não sou mais que alguém que ela conhece,
Sem nenhum, sem qualquer alumbramento?


2013

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