segunda-feira, 20 de abril de 2020

BRENO ESTERCO É BOLSONITA E ESTEVE NA CARREATA DO BOLSONARO

-- Pô, zoei muito e armei o maior zurubumba!! -- contou Breno Esterco a amigos após a carreata, numa alegria que não cabia dentro dele .
E continuou:
-- Foi bom pra ca#*lh* !  Só no caminho, tocando o maior buzinaço, atropelei uns três.  Atropelar é bom pra cac***!  Por**, cara, cheguei a emocionar quando o presidente gritou: "Eu confio em vocês!"  Eu e os "parceiro"... "a gente sentimos" uma vontade f*d*d* de sair quebrando tudo, de mandar bala de fuzil nuns "quinhento comunista"!  Po#*#, cara, eu peguei o melhor carro das nove "agença" do meu pai.   "Craro"! Só tinha carrão lá!!  Pô, cara, foi "inmocionante"!  Quando o "home" falou que a "gente não íamos" negociar nada, pô, tu não imagina o desejo sexual que deu de sair explodindo o Supremo, O Congresso, sair baixando o cacete nas "pessoa" na rua.   Demais,   galera! Gostei muito!  Adorei a galera da carreata! Só tinha gente "igual eu"!

Barão da Mata

domingo, 19 de abril de 2020

Nós não temos de convencer os seguidores de Bolsonaro de que há pandemia. Eles o sabem e estão se protegendo, enquanto tentam expor os outros. Não reconhecem publicamente para apoiar o "deus" nefasto e repulsivo que criaram. Precisamos, sim, lutar pelo "impeachment" da criatura perniciosa, cuja queda fará, por si só ,que essas hordas de desordeiros medonhos, inseridas em todas as classes sociais do Brasil, se calem e se escondam, assim como os nazistas se encolheram e se esconderam após a derrota de Hitler.

terça-feira, 7 de abril de 2020

BOLSONARO É A CARA DA MAIORIA DO BRASIL



Se as últimas pesquisas do Datafolha retratam a verdade, 62% acham que Bolsonaro tem condições de liderar o país, e 59% são contra a renúncia do presidente; se, ainda como dizem os demagogos, "a voz do povo é a voz de Deus", ou nós, não-bolsonaristas, estamos errados, ou a população brasileira é composta em sua maioria por nazifascistas, imbecis e torpes. Nossa sociedade sempre foi isso que estamos vendo, e Bolsonaro é o instrumento de que esta utilizou-se para sentir-se encorajada a mostrar a cara.
Como já disse eu mesmo, o que se pode esperar de uma população onde há tantos corruptos bradando contra a corrupção, cada um tentando combater a corrupção do outro... onde há um discurso de Deus e família tão corrente, e os maridos vivem em companhia de suas amantes nos motéis e nas clínicas de aborto?

sábado, 4 de abril de 2020

Os ideólogos sócio-políticos dividem-se entre progressistas e conservadores (ou reacionários). Assim como o socialismo não existe por nunca praticado em nenhuma parte ou qualquer  período da história do mundo, não existe a direita justamente por não haver um contraponto (a esquerda).  Ou seja, para existir direita seria necessário que existisse esquerda para ser-lhe o oposto.  Agora o mais cínico em política é a terminologia centro.  O que é centro? Como o cara pode ficar entre ser contra ou a favor de melhores salários e mais satisfatórias condições  sociais para as classes menos abastadas?  Ou se é contra ou a favor de algo, nunca se fica no meio termo ou meio do caminho entre uma e outra coisa.  Centrista é o reacionário egoísta e ganancioso que se esconde atrás desse nome.

SE BOLSOANRO NÃO MAIS GOVERNA, HÁ O QUE SE POSSA COMEMORAR?

Se Bolsonaro não mais governa, como fica o panorama político do Brasil?  O governo migrará da extrema-direita para a centro-direita? De que adianta? É direita do mesmo jeito. E direita (extremista ou não) é reacionária, odiando o  menor arremedo de avanço sócio-econômico das classes menos favorecidas.  Então nada muda nos campos econômico e social.
No campo político, como se portarão os fiéis sectários do capitão?   Seguirão a equipe ora de fato governante com a mesma fé cega que devotavam ao seu combalido líder?  Ou irão se espalhar por diversas outras correntes reacionárias, autoritárias, odientas,  moralistas, preconceituosas, antiecológicas, protestantes-fundamentalistas,  até que um novo líder surja com as mesmas ideias do seu ídolo?  Não importa: eles continuam sendo cinquenta e sete milhões de brasileiros que mostrarão a cara de novo.  No futuro outros bolsonaros virão, e tenho certeza disso.
E a política ambiental? A grilagem continuará em passos largos por matas virgens e reservas indígenas e/ou ambientais?  Continuarão os massacres aos índios e aos animais selvagens?  Ricardo Salles continuará chamando o Greenpeace de "Greenpixe" e a insinuar que a entidade degrada nossos mares?  Ou o ministro do Meio Ambiente dará lugar a um outro com mais jeito de bom-moço, mas com  intentos e projetos iguais?Lembrem-se de que Mourão disse ainda em campanha que no seu tempo "não existia Ibama pra encher o saco".  D'onde deduzimos que nesta área as diretrizes continuarão as mesmíssimas.
E na Educação? Teremos um ministro que não responda a processos de "kafta" e conheça melhor a ortografia? Pode ser, mas os planos para a Pasta serão os mesmos.
Nada muda: os duzentos empresários de extrema-direita que ajudaram a eleger Bolsonaro, quando o fizeram, colocaram não um só homem, mas todo um sistema no poder.
Em suma, fica tudo como dantes no quartel D'Abrantes.  Só uma coisa muda: A Globo faz oposição a Bolsonaro, não à equipe que ora segura as rédeas do poder.  Ou seja, Paulo Guedes e cia. terão muito mais conforto pra se espalhar sem as emissoras globais em seus calcanhares. E, após contagem de quantos sobreviverão ou sobreviveremos ao coronavírus, toma reforma, reforma e mais reforma(!), todavia nenhuma delas em prol de quem vive de salários ou não exerce autoridade.
Nenhum progressista (e falo progressista, não socialista ou esquerdista, porque socialismo é só utopia, assim como o título da obra de Thomas More, que criou em seu imaginário uma ilha onde todos os habitantes viviam em condições igualitárias. E uma tentativa de estadização dos meios de produção, nos dias de hoje como sempre, só levaria a nação a distúrbios os mais severos,  a uma guerra fratricida e a um derramamento de sangue deplorável.  É melhor lutar pelo palpável, e o palpável é não tentar sair do infelizmente  inevitável capitalismo, mas dar-lhe uma feição mais humana, em que o governo seja obrigado a garantir às classes menos favorecidas direitos fundamentais como saúde, educação, segurança, habitação, benefícios  trabalhistas,  salários dignos do nome,  alimentação e  oportunidades de ascensão social.  
Para isso é preciso que a sociedade esteja unida em torno não de um nome, mas de um projeto sócio-político que vá além das retóricas de campanha.  Os homens têm de se curvar aos projetos e abnegar de suas ambições pessoais de poder ao invés de colocar os projetos num plano secundário em  relação a  si próprios.
O Brasil não é o país de Lula, Ciro Gomes ou quem quer que seja.  É o país que precisa elaborar um plano de governo que atenda aos anseios de toda a sociedade, não só do cume da pirâmide social. Precisa encontrar rumos fora do populismo de direita ou de esquerda. Não é difícil encontrar o caminho, mas o caminho começa pelo voto, e, ironicamente, após vinte anos de ditadura, é justamente o voto, quer para as casas legislativas como para as chefias do poder executivo, onde a população mais insiste em cometer erros capitais. 

sexta-feira, 3 de abril de 2020

A CRIATURA NÃO É O MAIOR DOS PROBLEMAS, JÁ O CRIADOR, SIM

Alguns analistas afirmam uma evidência que nos salta aos olhos: Bolsonaro já não governa.   Hora então de considerá-lo página virada na vida nacional e voltar a  atenção para aquele ou aqueles que agora detém(êm) o timão da Nação? Não sei.  A meu ver seria precoce. Até o presente momento o tresloucado capitão vem tentando criar um clima para reativar o setor produtivo com fraudes baratas e inócuas, tendo inclusive produzido a encenação de uma pseudoprofessora que clamava por golpe militar.  Vai que amanhã um desses ardis baratos cola.
Em 1989, achei que a aparição de Míriam Cordeiro para derrubar Lula no segundo turno da eleição presidencial seria um tiro que sairia pela culatra, por ser um recurso  sórdido e vil demais, típico de novelas de enredo piegas e de má qualidade.  Mas não foi: garantiu a Collor a eleição. Colou.  Não vai daqui nenhuma manifestação de apoio a Lula ou ao PT.  Nem vejo motivo para tanto.  Lembrei o fato só para ilustrar que em política tudo pode acontecer. 
Imagine se a próxima fraude for Bolsonaro "salvando uma criança de um prédio em chamas".  Ou "defendendo-se de um ataque de um monte de ninjas vermelhos com estampas de foice-e-martelo no peito e nas costas".  Imagine a comoção nacional e  a glorificação do presidente na primeira hipótese,  a revolta dos anticomunistas e os apelos aos militares para que intervenham na segunda.  Além disso, o ex-militar está se dando a reunir uma equipe de médicos para a pesquisa dos possíveis efeitos da clororquina contra o coronavírus -- e aí a gente tem de rezar fervorosamente pra que ele obtenha grande sucesso, ainda que sabendo que isso lhe valerá o resgate da popularidade e a muito provável reeleição em 2022.  Teremos de lutar muito, mas não podemos jamais torcer contra a vida e a favor da morte.
Todos os de bom-senso não acreditariam em atos tão heroicos do capitão (o mérito do suposto sucesso contra a Covid-19 seria dos médicos, e Bolsonaro só recorreu aos profissionais para atender aos interesses dos grupos econômicos  que defende),  mas este (Bolsonaro) conta com o apoio de duzentos empresários de extrema-direita, inclusos na legião de cinquenta e sete milhões de brasileiros que o elegeram.  São, além dos empresários que citei, esses eleitores donos de empresas, banqueiros,  financistas, policiais,  militares, paramilitares,   antipetistas ferrenhos e extremosos,  antissocialistas e anticomunistas radicais -- alguns por terem um patrimônio considerável, outros por ignorância mesmo  --  ricos e  inúmeros classe-média que se veem como ricos,  membros de classes mais desfavorecidas, porém desprovidos do menor conhecimento político ou histórico.  Somem-se e/ou encontrem-se entre os já mencionados os truculentos, os homofóbicos, os falsos moralistas, os misóginos, os sexistas, os racistas, os antidemocráticos, os neofascistas,  os completamente despidos de caráter, de lealdade e de outros verdadeiros atributos morais.
Com algumas defecções, esses grupos votarão em massa em  qualquer coisa que se apresente contra o PT,  contra o socialismo e a favor do neoliberalismo, quer por ideologia, interesses, picardia ou burrice mesmo. 
Em conclusão, analise-se bem e perceba-se:  Bolsonaro não é o maior problema.  O problema são cinquenta e sete milhões de eleitores. Os filhos e netos dos que votaram em Jânio Quadros em 1960, os eleitores e filhos dos que optaram por Collor em 1989, os que tentaram eleger Eneas em 1994,  aqueles que conduziram em 2018 o ex-militar ao Planalto.  Quem vier com um discurso moralistoide, do tipo prendo-e-arrebento, acabo-com-a-mamata, Deus-acima-de-tudo, em-nome-da-família,  dou-fim-à-corrupção... o que vier com esse discursinho barato leva a cadeira presidencial.  Quanto à corrupção, aliás, vale um comentário bastante oportuno: como é que uma população com tantos corruptos tem um discurso tão feroz contra a corrução?  Acho que é porque fica um querendo acabar com a corrupção do outro.
Ah! Ia-me esquecendo: como é que os brasileiros prezam tanto a família e gastam tanto tempo e dinheiro com amantes?