Pesquisar este blog

domingo, 14 de setembro de 2025

POESIA DO MOMENTO DE VOLÚPIA

 Não senti, não, no meu peito

O tocar angelical

Que enfeitiça o enamorado,

Mas te irei sorver a língua

Na agonia dos sedentos,

Provarei da tua pele

Como quem lambe ambrosia,

Sentirei, extasiado,

O calor dessas entranhas,

Fruirei teu corpo quente

Como quem degusta manga,

Sorve a polpa, a água da pera

E assim fica a se aprazer.


Sentirei dentro de ti

O aconchego delirante,

A agonia extasiante,

O regalo que enlouquece

E se expande corpo inteiro

E que irá lotar a casa,

Vazará pelas janelas,

Pelo espaço sideral.


Serei teu inteiramente,

Serei teu sofregamente,

Serei teu como criança

Aninhada no teu ventre.

Mas me deixa a porta aberta

Pr'eu depois ir pelas ruas

E seguir o meu caminho

Sem nos darmos nossas mãos.