sexta-feira, 17 de outubro de 2014

REGIÃO SUDESTE, PALCO DO INÍCIO DO APOCALIPSE

Não há mais chuvas no Sudeste.  Consequência do desmatamento e queimadas na Região Norte.  Tudo feito impunemente.   Madeireiros, traficantes de madeira, agricultores, latifundiários, todos fizeram da Mata Amazônica o que bem quiseram, bem diante (ou quase isto) do nariz das autoridades.  Todos sabemos que a impunidade é o combustível das maldades.   Animais mortos, homens famintos, ecossistemas devastados, aniquilados, destruídos.  Tudo o que a natureza levou milênios para construir transformado em poucos anos em escombros unicamente para a satisfação dos interesses de alguns elementos bestiais e absolutamente desinteressados pelo bem-estar comum.  Mas tudo, repito, ficou impune.
E agora? O Sudeste tem agora clima desértico.  Até quando? Por alguns anos? Para sempre? Podem os especialistas no assunto nos responder? Ou preferem calar? Temem anunciar o apocalipse?
Já que tanto se fala em economia, e as sequelas econômicas?  Q ue atividade econômica é possível numa região seca?  Os campos se tornarão desertos? O gado morrerá  de fome e sede? Os poucos animais selvagens também? As populações evitam regiões secas: haverá uma evasão maciça de pessoas do Sudeste?  Uma diáspora nacional, com migração em massa e sobrecarga populacional no Sul e no Centro-Oeste?  E estas ocupações se irão dar pacificamente, sem disputas,  sem rejeições e conflitos, sem escaramuças e violências fratricidas?
E a impunidade?  Fica a impunidade.  Os causadores de tamanho flagelo e de tão caótica situação estarão degustando seus uísques e se dando a seus inúmeros regalos, respeitados e adulados por políticos, autoridades e por populações inteiras.   
O Brasil é um sítio de poucos, uma propriedade privada de uma pequena quantidade de poderosos, que fazem e desfazem, mandam e desmandam, com poder de vida e morte sobre todos os outros.  Prejudicam dezenas de milhões de habitantes? Não importa. A terra é deles, coronéis de diversas feições, mas coronéis como aqueles do início do século passado, só que com tentáculos perniciosos mais longos e capazes de estragos bem maiores.  Não importa: o Brasil é deles. Que nos danemos! Que morramos de sede e fome ou tentemos talvez  debalde a sobrevivência em outras terras nacionais ainda a serem devastadas no futuro próximo.  É o início do fim, o prenúncio da incalculável e imensurável tragédia.  
Não tenho esperanças, diante da destruição irreversível, perante a impunidade de praxe, de cara com a irresponsabilidade constante, rodeado dos mais deploráveis  e incontáveis  vícios brasis.  É o início do fim: é triste, mas é o início do fim.  Os tempos apocalípticos, sem volta de nenhum messias para punir os culpados e poupar os inocentes: um juízo final injusto como o Brasil.

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