sexta-feira, 28 de setembro de 2018

ELEITOR NÃO PODE SER PASSIONAL

As pessoas deveriam ser pragmáticas e voltar os olhos para o Congresso Nacional, que é o que vai endossar ou não os desmandos do futuro-presidente da República.  Há políticos e partidos que são essencialmente venais e concordam com tudo o que o poder central proponha, em troca de vantagens que este lhes ofereça.  Esses políticos e agremiações acabam por ter mais peso na vida nacional do que o próprio chefe do Governo, pois decidem o que acontece ou não no País: por isso devem ser banidos da vida pública.
Esbugalhem os olhos na direção dos parlamentares e deixem de fanatismos: cultuar Bolsonaro ou Lula como verdadeiros deuses de carne e osso nada constrói.  Muito pelo contrário, o fanatismo sempre destruiu: foi  o responsável pela ascensão de Hitler, a Segunda Guerra Mundial, a morte de mais de seis milhões de judeus e mais de vinte e sete milhões de soldados e civis. Fez florescer no Irã o regime dos aytolás e causou a morte de homossexuais e dos avessos a estes líderes políticos travestidos de sumos religiosos.  Deu vida ao stalinismo, que nada teve de socialista ou comunista e só reprimiu, condenou a trabalhos forçados  e matou os opositores de Stálin nos campos de concentração soviéticos. Levou mais de novecentas pessoas ao suicídio coletivo em obediência a um pedido de um louco como Jim Jones.   O fanatismo leva à guerra fratricida, à divisão entre a população e ao fortalecimento dos tiranos.
Por favor, concentrem  sua atenção nos deputados e senadores: eles que decidem se vai haver ou como vai ser a maldita reforma da previdência, quanto você vai ganhar de salário e o tanto que vai pagar de impostos.  Vão determinar se você ou seus filhos terão acesso à saúde, educação, habitação, segurança e outros direitos sagrados de qualquer cidadão.  Se votarem em parlamentares e partidos honestos, o presidente da República, por mais que seja mal-intencionado, jamais conseguirá implantar um regime autoritário e massacrar as classes pobres e trabalhadoras, a classe média e o povo de um modo geral.

Nenhum comentário:

Postar um comentário