terça-feira, 5 de maio de 2020

CANSEI DE PEDIR A SAÍDA DE BOLSONARO: ELE FICA, E VAI TER GOLPE

Não aguento mais: toda semana é a mesma palhaçada: domingo Bolsonaro reúne uma tropa de choque de gente violenta, perversa, barulhenta,  mal-educada, hostil, suspeita e, ora tenta dar golpe, ora tenta intimidar Congresso, STF e seus opositores; para na segunda-feira os militares expedirem nota dizendo que  ele "é um democrata que não sabe se expressar, e as forças armadas estão a serviço da democracia e na direção contrária à de um regime de força".  Não acredito mais nisso.  Se realmente falassem a verdade, os generais já tê-lo-iam calado e sossegado,e o Coisa passaria os finais de semana reunido com os amigos, a contar suas bravatas e a rir-se dos maus tratos infligidos aos jornalistas que têm a infeliz incumbência de acompanhá-lo para documentar seus descalabros.  
Dizem até que o destemperado tem procurado seduzir militares de menos projeção e antiguidade, bolsonaristas até à raiz dos cabelos, com a inteção de dar-lhes promoções e cargos de elevada importância, que dever-se-iam dar aos mais antigos,  não se sabe se esperando daqueles apoio e sublevação ante os de maior prestígio e poder dentro das forças armadas.
Mas o fato, em síntese, é que os generais não o irão parar, e a razão disso é bem simples: porque não querem e ponto final!
No Congresso Rodrigo Maia, por sua vez, imobilizado pela covardia ou talvez  interesses pessoais, não vai porque não vai de forma nenhuma  pautar qualquer dos mais de trinta de pedidos de "impeachment" protocolados contra o presidente.  Na PGR, apesar de não faltarem motivos para denunciar destemperado (atentados à democracia, desobediência civil, incitação velada (???) à desordem pública e contra a ordem democrática, etc...),  o procurador-geral tem algumas ideias afinadas com as de Bolsonaro, passa a impressão quase clara de também ser de extrema-direita e até parece querer mostrar gratidão por ter sido escolhido de fora da lista tríplice oferecida ao mandatário.
Neste contexto, fica claro que não vai haver impedimento do mandato do Bozo, que irá até o final dos quatro anos e até muito mais longe: cada movimento que ele faz nos finais de semana é um ensaio e uma preparação para o golpe que será executado assim que o capitão aprofundar ainda mais a crise política e der vida a um desequilíbrio institucional que irá propiciar à caserna o clima esperado e desejado para intervir, dando origem a uma sucessão de governos autoritários, iniciada, logicamente pelo atual presidente, que depois de 2022 será reconduzido ao cargo por uma junta miltar, assim como todos os seus futuros sucessores.
Pelo cenário que suponho, não é de se estranhar que tenha eu perdido todas as esperanças e apenas assista impotente à movimentação de um novo ciclo de poder militar já iniciado quando o monstruoso presidente lotou o Planalto de generais nos postos-chave do governo.E mais: se levarmos em conta que o tempo inteiro  nosso "querido" capitão sempre esteve longe de fazer uma movimentação  severa contra as milícias, o Brasil está muito perto de tornar-se uma ditadura militar respaldada e auxiliada por milicianos, que serão os olhos e ouvidos do sistema, além de fazerem-se os torturadores e os supressores dos opositores do regime, exercendo o papel do Comando de Caça ao Comunista e outros grupos atrozes dos anos de chumbo que antecederam estes que estão por vir.


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