segunda-feira, 6 de julho de 2020

TODOS OS ELEITORES DE BOLSONARO, INCLUSIVE OS ARREPENDIDOS, MERECEM O NOSSO DESPREZO


Não cabe alguém se declarar eleitor arrependido do Bolsonaro, porque todos sabiam a que ele vinha, pois já homenageara Brilhante Ustra, um dos maiores torturadores do Brasil, na votação do afastamento da Dilma. Além disso, sua campanha foi calcada na antidemocracia, no saudosismo em relação aos anos de chumbo lotados de torturas, assassinatos e desaparecimento de pessoas que se opunham ao regime. Então, quem votou em Bolsonaro queria de volta as mortes, os sumiços, os martírios, um sistema de terror bestialmente cruel, apoiado pelas milícias e que calaria todos os seus opositores sob pena de enquadramento em leis de exceção ou prisão arbitrária, desdobrando-se qualquer das duas situações em lancinante sofrimento físico e moral, quer de quem se opusesse ou de seus familiares, ou ainda de todos.
Aliado a esse contexto de extrema violência, o então candidato pronunciou-se repetidas vezes a favor de retirada de direitos trabalhistas e achatamento salarial, quando dizia que os trabalhadores teriam de escolher entre emprego e salário,entre emprego e direitos.
Não fosse a crise econômica provocada pelo reacionarismo e incompetência da equipe econômica e sobretudo pelo flagelo do coronavírus, esses arrependidos, indiferentes à falta de gestão do governo sobre a pandemia, estariam engordando as passeatas de bolsopatas que pedem a volta do AI-5 e intervenção militar com Bolsonaro no poder. São, portanto, imperdoáveis, e merecem todo o nosso desprezo, por sua índole e por fazerem parte da vasta camada de brasileiros indignos da menor confiabilidade.




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