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domingo, 26 de janeiro de 2025

CHUVA BRANDA

 Hoje choveu, mas não a chuva devastadora e cheia de devastações e temporais.  Hoje choveu, e as águas, brandas, arrefeceram o calor abrasador e a agonia do meu espírito lotado de apreensões e indignações as mais diversas.

Hoje choveu, e o fogo ateado nas matas não pôde prosperar ante a frustração desolada dos incendiários criminosos, demoníacos e ignóbeis como a mais chã das criaturas não consegue ser.  Não há verme repulsivo como um homem que incinera flores, árvores, insetos, frutas e puros e inocentes animais.

Hoje choveu, e o cheiro da terra molhada adentrou as narinas como um perfume divinal.  Foi como uma trégua numa guerra sangrenta e lancinante.  Hoje choveu, e minha alma se fez serena e suave,  e fresca, e leve, e amena e doce como a paz.

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