Hoje choveu, mas não a chuva devastadora e cheia de devastações e temporais. Hoje choveu, e as águas, brandas, arrefeceram o calor abrasador e a agonia do meu espírito lotado de apreensões e indignações as mais diversas.
Hoje choveu, e o fogo ateado nas matas não pôde prosperar ante a frustração desolada dos incendiários criminosos, demoníacos e ignóbeis como a mais chã das criaturas não consegue ser. Não há verme repulsivo como um homem que incinera flores, árvores, insetos, frutas e puros e inocentes animais.
Hoje choveu, e o cheiro da terra molhada adentrou as narinas como um perfume divinal. Foi como uma trégua numa guerra sangrenta e lancinante. Hoje choveu, e minha alma se fez serena e suave, e fresca, e leve, e amena e doce como a paz.
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