sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

AQUI NINGUÉM PODE ME CALAR

As pessoas nos bares me calaram, os torpes do  Facebook me silenciaram: eles venceram.  Não falo mais em política na citada rede nem nas ruas.  Venceram.  Mas não é uma vitória completa, absoluta. Calei no Facebook, mas divulgo minhas ideias entre os esclarecidos do Whatsapp, entre os poucos que acessam esta página.  Continuo aqui, com a boca no mundo. Falo o que sinto e o que quero.  Neste espaço tenho liberdade.  Renego, repudio veementemente o Bolsonaro, cuja chegada ao poder é fruto de um delírio coletivo dos idiotas sem norte  somado ao dolo e à má-fé da direita, da extrema-direita e dos ricos.  Mas não posso falar mal dele publicamente:  alguém logo toma a defesa, e a conversa pode tornar-se ríspida.  O mesmo ocorre com relação ao Lula: os petistas fanáticos imediatamente se inflamam e procuram detectar em mim ignorância, me acusam de bolsonarismo e de ser de direita.  Vou repetir pela milionésima vez: tenho aversão ao Bolsonaro e à direita, mas não acredito em esquerda, porque nunca houve socialismo em nenhum momento ou em nenhuma parte do mundo.  Tampouco poder-me-ia qualificar de centrista, porque centro é apenas a direita com covardia de  assumir-se.  Os bolsonaristas me chamam de comunista, todavia jamais fui comunista justamente pelo fato de o comunismo estar no mesmo caso do socialismo, que seria apenas a transição para aquele (o comunismo).  Sou progressista, apenas progressista. Acho que  emprego com boa remuneração, moradia, saúde, educação, cultura, segurança, transporte, infraestrutura, etc... são direitos sagrados de todos.  De todos.  De todos mesmo.  Não de dez por cento da população. 
Como se pode ver, não sou direitista nem  comunista.  Mas os sectários de ambas as correntes, bolsonarista e lulopetista, nunca me deixaram postar ou verbalizar meu pensamento sem tentar embotar a visão dos que liam ou  observavam,  mudando o foco da discussão ou proferindo impropérios, sofismas, inverdades, ou pregando conceitos arcaicos  e estúpidos de ordem, quer por imbecilidade ou pura má-intenção.
Aqui ninguém me questiona sem o meu consentimento, porque os comentários são por mim moderados, e nenhum estúpido ou fanático consegue abafar minha fala. 
Quanto aos dois heróis de papelão que cultuam, agora, só tenho a dizer que são líderes sem outro objetivo além de agarrar e manter o poder entre os braços, dois absolutos imerecedores da liderança que ostentam.
Se Lula não é exatamente progressista, já que não se colocou na contramão dos banqueiros e empresários para dar a toda a sociedade os direitos que considero intocáveis, Bolsonaro é de uma perversidade demoníaca, bestial:  raspou todos os direitos dos trabalhadores, junta-se a uma equipe famigerada para acabar de uma vez por todas com a biodiversidade e o meio-ambiente do Brasil, para dar aos mineradores, aos especuladores, aos grileiros, aos agricultores, aos madeireiros e outros da mesma estirpe tudo, tudo, tudo o que a sanha nefasta dessa gente quer.
Não sou petista nem direitista, muito menos vejo o PT como uma partido de ideias progressistas.  Lula e sua legenda são assistencialistas: dão o pão, mas não proporcionam meios de as classes trabalhadoras atingirem o progresso social.  Esmolas como bolsa-família não resolvem.  Eles sabem que não resolvem.  Mas têm consciência de que mascaram a miséria.  Além do mais, os políticos petistas estão muito longe de poderem ser considerados ecológicos.  Entretanto, falo mal dos petistas sem reconhecer que há exceções entre eles, como é o caso de, por exemplo, Paulo Paim, reto, ético, justo,  responsável.
Não sou Lula nem Bolsonaro, não sou direitista nem petista, e aqui é um dos poucos lugares onde posso dizê-lo sem ser importunado.

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