Deixar a paz entrar por cada poro assim como uma água sacrossanta que sublima, enleva e eleva doce e plenamente um ser humano. Sentir o amor tocar a alma fundamente e fazê-la tão repleta desse amor que ele se emane por todo o derredor como fachos de luz branca a se expandir. Sentir a harmonia e irradiá-la pelo cosmo, numa purificação absoluta.
Amar numa entrega plena e cheia de delicadeza. Amar e buscar alguma coisa transcendente para, então unidos, espalharmos benesses sobre as amadas criaturas. Cultivar os meus desejos mais benevolentes como quem cultiva flores nos jardins. Contatar intimamente o metafísico e sentir-me e saber-me parte dele, sem limite que nos possa separar.
Notar que a música e a sagrada natureza, a arte e os olhos angelicais dos animais, também sagrados, como toda, toda forma de alumbramento e poesia, nos conduz numa viagem magnífica à intimidade, à harmonia e à unicidade com tudo aquilo que vivemos a chamar de transcendentes.
Ou seremos nós mesmos, quando despojados da maldade e alumbrados, a própria transcendência que pensamos ser exterior?
Nenhum comentário:
Postar um comentário