domingo, 8 de novembro de 2020

BIDEN TÁ MUITO LONGE DE SER FRANCISCO DE ASSIS, MAS FIQUEI CONTENTE DEMAIS

 Confesso que, apesar de Biden ter defendido a invasão do Iraque na era George W. Bush, fiquei extremamente feliz com a sua vitória sobre o Trump, não pela ascensão do primeiro, mas pela queda do segundo. O atual presidente americano é um grande esteio para as barbaridades que Bolsonaro pratica aqui no Brasil, sobretudo no que tange à pandemia e ao meio-ambiente. Barbaridades que acabaram por acarretar que milhões de animais morressem por incineração e agora de fome, e que se perdessem dezenas de milhares de vidas humanas além do que se perderia se o capítão tivesse procurado se ocupar em combater a epidemia e minimizar os efeitos nefastos e letais por ela causados.

Os americanos, em especial os negros, assim como os imigrantes dos E.U.A, livraram-se de um inimigo implacável, um opositor ferrenho e obsessivo da democracia e das liberdades. Fiquei infinitamente feliz e morrendo de inveja daquele povo palpitante de felicidade, e aguardo que os ventos da presença de Biden no governo isolem o presidente daqui dentro do próprio Brasil, situação pela qual, aiás, este parece optar, por meio do silêncio que mantém quanto à vitória do presidente eleito.
Representantes dos outros poderes , Jorge Dória e outros políticos já felicitaram o candidato vitorioso, o que aparenta ser os primeiros sinais de solidão do prepotente ocupante da cadeira da Presidência no Planalto. A mim parece, entretanto, que o atual inquilino do Alvorada tem um instinto de sobrevivência política muito pujante, e isso vai fazer que, esgotadas todas as possibilidade de Trump ser bem-sucedido num eventual golpe, o arremedo do mandatário americano, em sua fome patológica por reeleição, irá seguir com resignação a nova ordem e limitar-se a acabar de esmigalhar as classes não-abastadas da sociedade brasileira, com a batuta de Paulo Guedes e a ajuda de Rodrigo Maia, da Globo e do Centrão. Tenderá a ser um pouco mais complacente com o meio-ambiente, não implementando políticas não-sorrateiras que venham a prejudicar a natureza, demandando uma vigília constante e incansável dos ambientalistas, das instituições e dos cidadãos não-contaminados por seu pensamento pernicioso e diabólico.
Caberá ao povo do Brasil, tão afeito à cultura, aos costumes e aos exemplos norte-americanos, espelhar-se no povo estadunidense mais uma vez e renegar e livrar-se desse verdadeiro manancial de ruindades que governa o País em 2022.

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