Hoje não há tarde e gente alegre nas calçadas,
Mas somente o último bêbado à última mesa
Do último bar da rua derradeira
E uma atmosfera de fim de tudo e despedida.
Hoje os pássaros se aquietaram nos seus ninhos,
E um vento fino resvala nos galhos dos arbustos,
E um silêncio arrepiante se abateu sobre as paisagens,
E a noite veio, calada, muda, imóvel como fora sepulcral
Hoje os sinos não repicaram nas igrejas,
Nem tampouco houve canto gregoriano ou ladainha;
Não havia fiéis em suplicantes orações,
E as praças eram desertas como vida não houvera.
Hoje é tudo adeus, final, deserto, silêncio e escuridão.
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