O vinho, a música,
Corpos desnudos,
Noite, o luar.
Amai, ó Deus, os filhos vossos
Que se dão numa volúpia sem igual!
Os seios, nádegas,
O falo, a vulva,
Esse impudor.
Louvai, ó Deus, os vossos seres
Que se entregam num furor descomunal!
Os cheiros lúbricos
Por todo o quarto,
Juras febris.
Ó Deus, afaga os pecadores
A devorar-se num ardor transcendental!
São dois amantes
Tão fogueados,
Tão infiéis.
Notai, ó Deus, a poesia incandescente
Desse amor tão magnífico e carnal!
As línguas ávidas,
Cabelos longos
No travesseiro.
Louvai, ó Deus, toda luxúria
E abençoai esse pecado tão celestial!
Nenhum comentário:
Postar um comentário