sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

OS FOGOPATAS

Com o advento da virada do ano, passei setenta e duas horas ouvindo fogos ininterruptamente.  Primeiro pensei que toda aquela gente havia ganho sozinho na Mega-Sena. Mas não era possível: seria muito milionário de uma vez só. A gente ficava levando sustos e se aporrinhando com a persistência da barulheira.  Os cachorros estavam a ponto de entrar em estado de choque.  Não havia mais motivo para tanto estrondo.  Aquele pessoal só podia estar querendo se exibir através do poder de fazer barulho que tem... ou simplesmente infenizar o juízo dos outros.
Fiquei pensando: uma simples mudança de ano não é a certeza de um novo tempo de glórias.  Além disto, explosões jamais atraem ou são presságio de felicidades, porque, se assim fosse, as guerras seriam as mais sublimes benfeitoras da humanidade.

03/01/2014

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