A tarde canta, silenciosa.
O mar diz coisas que ela entende
ao mergulhar os olhos claros
no imenso azul, na espuma branca.
Da areia fina, fofa, sedosa,
ela navega seu infinito
e então desvenda os seus mistérios
e então os conhece intimamente.
Toda figura feita de nuvem
ela distingue num só relance.
Cada gaivota que voa ao longe
é mensageira da natureza.
Ali sozinha, ali estendida,
já sonolenta, ela se encontra,
entre os anjos, entre as harpas
do Céu distante, inatingível.
1981
Nenhum comentário:
Postar um comentário