domingo, 22 de dezembro de 2013

A ADOLESCENTE

A tarde canta, silenciosa.
O mar diz coisas que ela entende
ao mergulhar os olhos claros
no imenso azul, na espuma branca.

Da areia fina, fofa, sedosa,
ela navega seu infinito
e então desvenda os seus mistérios
e então os conhece intimamente.

Toda figura feita de nuvem
ela distingue num só relance.
Cada gaivota que voa ao longe
é mensageira da natureza.

Ali sozinha, ali estendida,
já sonolenta, ela se encontra,
entre os anjos, entre as harpas
do Céu distante, inatingível.

1981

Nenhum comentário:

Postar um comentário